terça-feira, 10 de maio de 2016

Letícia Sabatella foi ao encontro do Papa Franscico para denunciar o processo de impeachment

Disposta a lutar pela presidente do Brasil, a atriz Letícia Sabatella foi ao encontro do Papa Francisco,
Foto: Divulgação
em Roma (Itália), na segunda-feira (9), para denunciar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Segundo ela e grupos de juristas, o Brasil sofre um golpe de estado.
Acompanhou a atriz a juíza Kenarik Boujikian Felippe, do Tribunal de Justiça de SP,  juntas entregaram ao pontífice uma carta escrita pelo advogado Marcello Lavenère, autor do pedido de impeachment de Fernando Collor, em 1992, e membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB). Lavenère, hoje, é um dos principais críticos do afastamento de Dilma.
Em entrevista à Rádio França Internacional (RFI): “Ele nos ouviu atentamente, nos disse que irá orar pelo povo brasileiro, que se preocupa com o Brasil. E, perguntado sobre a postura de um diálogo necessário sobre o nosso ponto de vista, reiterou que o diálogo é sim uma necessidade para a construção de um mundo melhor para todos”, afirmou Boujikian Felippe. Segundo ela, uma das fundadoras da Associação de Juízes para a Democracia, o objetivo foi mostrar ao papa “o lado dos movimentos sociais” na atual crise política.
A carta de Marcello Lavenère, por sua vez, afirma que o Brasil “se encontra na iminência de sofrer um ‘golpe de estado’” e que o impeachment de Dilma é “desprovido de fundamento legal”. Outro argumento do advogado é a questionável articulação política dos parlamentares e partidos da oposição, muitos envolvidos em investigações de esquemas de corrupção, além da eminente anulação dos votos de 54 milhões de brasileiros.

“Esta conjuntura tem réplicas em outros países sul-americanos em que governos com a mesma orientação contrária à visão neoliberal e em favor de políticas de inclusão foram ou estão na iminência de serem desestabilizados”, diz o documento, solicitado por João Pedro Stedile, diretor nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).


##Clique aqui para ler, na íntegra, a carta assinada por Marcello Lavenère, disponibilizada pelo portal Brasil de Fato.

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