quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mais uma perda para o câncer, “O Gaúcho da Copa”



 “Clóvis acompanhou de perto as últimas sete Copas do Mundo, sempre de bigode, vestindo uma camiseta amarela, um chapéu e carregando uma réplica da taça da Copa do Mundo, ele tornou-se uma das figuras mais carismáticas do Brasil em Mundiais.”


Quem esquecerá aquele bigode encostado com carinho na taça que carregava junto ao corpo para demonstrar o quanto amava seu país, sua Seleção.
O Gaúcho da Copa, era conhecido por sua paixão  pela copa do mundo, paixão incontrolável, onde a seleção ia, ele também ia,  esforço,  que como ele mesmo me disse, valia a pena. Eu lembro quando próximo da Copa do Mundo de 94, ele estava no aeroporto e eu o chamei  “Gaúcho”, ele me olhou e disse “fala morena!!”.  Então perguntei sobre sua paixão, e então conheci um pouco mais sobre aquele homem que começava a se destacar por sua "perseguição apaixonada" à Seleção!
Falou sobre seu time do coração o “TRICOLOR DA AZENHA”, e contou sobre seus filhos, dos quais se orgulhava. Depois o encontrei em outras oportunidades, sempre com a replica da taça, e em 2007, o reencontrei na Casa Rosa do governo gaúcho, conversamos e ele relembrou algumas passagens de sua história como Gaúcho da Copa, outras vezes o encontrei na Pizzaria Chuvisco, na Cristovam Colombo, na capital. Em 2014 durante a Copa do Mundo,  nas comemorações da Copa em Porto Alegre, o encontrei no caminho do Gol, Clóvis Acosta Fernandes, não morre,  e sim,  deixa sua marca para o  povo brasileiro, uma herança chamada amor à Pátria, demonstrado através da Seleção Canarinho. Sua partida aconteceu na madrugada desta quarta-feira, 16 de setembro, por complicações de um câncer que começou no rim, em 2004 e que se espalhou pelo corpo. O Gaúcho Clóvis estava internado na Santa Casa de Porto Alegre desde o mes julho,  tinha 60 anos e quatro filhos.

Forte não se deixou abater e mesmo doente, Gaúcho acompanhou a seleção por mais 3 Copas do Mundo e chorou após a goleada sofrida pela seleção brasileira, 7x 1, ele acompanhou a partida no Mineirão e assistiu à vitória da Alemanha.
Sua trajetória começou acompanhando a seleção brasileira, na Copa de 1990, na Itália, segundo contava, ele foi a 162 jogos da seleção. Seu último jogo foi na Copa América, no Chile, no mês de junho passado. O velório ocorre em Porto Alegre. Siga em paz Clóvis Acosta Fernandes.



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